A segurança da informação é uma preocupação cada vez mais constante no mundo dos negócios. Isso vale especialmente em um cenário em que a transformação digital se tornou uma necessidade para se manter competitivo. Nesse contexto, a adoção de práticas DevOps – como a integração contínua – é uma estratégia eficiente para aprimorar a segurança da empresa.
A integração contínua consiste em integrar o desenvolvimento e o teste de softwares de forma contínua e automatizada. Assim, garante-se que cada mudança realizada seja testada e validada antes de ser incorporada ao código final.
Ao adotá-la como parte do processo de desenvolvimento, a equipe pode detectar e corrigir problemas de segurança. E tal detecção acontece inclusive em um estágio inicial do ciclo de vida do software.
No artigo de hoje, apresentaremos seis práticas DevOps que podem ser utilizadas em conjunto com a integração contínua. Elas objetivam aprimorar a segurança do seu negócio e proteger dados e sistemas críticos.
O que são práticas DevOps?
Práticas DevOps são um conjunto de processos e metodologias que combinam as áreas de desenvolvimento de software (Dev) e operações de TI (Ops). O intuito dessa combinação é:
- melhorar a entrega de softwares de alta qualidade;
- reduzir o tempo de lançamento;
- e aumentar a eficiência do desenvolvimento e das operações de TI.
Esses métodos envolvem uma mudança cultural e organizacional na empresa. Tal mudança deve integrar as equipes e incentivar a colaboração, a comunicação e o compartilhamento de conhecimentos.
As práticas DevOps abrangem várias áreas, incluindo:
- controle de versão;
- automação de testes;
- integração contínua;
- entrega contínua;
- gerenciamento de configuração;
- gerenciamento de mudanças;
- monitoramento e análise de dados.
A integração contínua (continuous integration) é uma das práticas mais relevantes em DevOps. Consiste em um processo automatizado de construção, teste e implantação de código que é integrado em um repositório compartilhado. Com isso, cada alteração no código é automaticamente compilada e testada para garantir que não haja conflitos ou erros de integração.
Frequentemente associadas à cultura ágil de desenvolvimento de software, as práticas DevOps também são usadas para enfrentar desafios. Por exemplo, a necessidade de lançar novos produtos com maior rapidez, melhorar a qualidade do software e aumentar a satisfação do cliente.
6 práticas DevOps que contribuem para a segurança
É possível melhorar a segurança de um pipeline de integração contínua e entrega contínua. Isso se dá incorporando práticas e ferramentas de DevOps eficazes, de forma interativa e baseada em segurança.
Veja seis práticas DevOps que permitem entregar softwares de alta qualidade com segurança, rapidez e eficiência.
Colaboração
Muitas vezes, os desenvolvedores precisam seguir políticas de segurança estabelecidas pelas empresas ou por padrões de conformidade regulatória. Mesmo que não haja uma política específica nesse sentido, é fundamental implementar as melhores práticas de segurança em sistemas e aplicativos.
Para isso, é preciso identificar as fontes de informação que se referem ao conhecimento especializado em segurança. Igualmente, deve-se estimular previamente a colaboração e a compreensão acerca dos requisitos a serem incluídos na solução.
Isso envolve a comunicação eficaz entre as equipes de desenvolvimento, operações e segurança. Desse modo, todas as especificações de segurança serão consideradas ainda no início do processo de desenvolvimento.
Ao adotar a colaboração como prática padrão no DevOps, é possível garantir que as melhores práticas de segurança sejam implementadas. Aliás, elas se aplicam a todas as fases do ciclo de vida do desenvolvimento de software.
Testes automatizados
Ao desenvolver ou atualizar uma solução, a necessidade de incorporar considerações de segurança é notória. No entanto, abordar todos os problemas de segurança de uma só vez pode implicar atrasos no projeto. Isso se deve à natureza iterativa do desenvolvimento ágil.
Em vez de uma abordagem única, é aconselhável utilizar uma estratégia em camadas. Esta assegura a construção contínua de níveis adicionais de segurança no pipeline durante o desenvolvimento até a implantação final.
A integração contínua, em conjunto com a automatização dos testes de segurança, atesta a qualidade em todo o pipeline de implementação. Nesse sentido, fornece feedback imediato sobre a postura de segurança e permite correções rápidas desde o início.
Ao combinar integração contínua e testes automatizados de segurança, é possível assegurar maior qualidade durante o pipeline de implementação. Os feedbacks imediatos sobre questões relacionadas à segurança possibilitam corrigir problemas com agilidade desde o início do processo.
Gerenciamento de configuração
O gerenciamento de configuração é uma das práticas DevOps que pode ter um grande impacto na segurança das empresas. Isso porque possibilita o provisionamento e o gerenciamento homogêneos, recorrentes e confiáveis de servidores e instâncias, conforme os padrões de segurança.
Dessa forma, as configurações dos ambientes adequam-se às políticas de segurança da empresa e às normas de conformidade. Reduz-se assim o risco de vulnerabilidades de segurança.
Automatizar o gerenciamento de configuração também reduz o risco de erros humanos que ocasionam problemas de segurança. Com a automação, as configurações são aplicadas de maneira padronizada e consistente. Dessa maneira, diminui-se a chance de incorreções que possam comprometer a proteção dos sistemas e aplicativos.
Com uma estratégia de gerenciamento de configuração adequada, sistemas e aplicativos permanecem atualizados com os patches de segurança mais recentes. Ademais, possíveis vulnerabilidades são identificadas e corrigidas o mais rápido possível.
Gerenciamento de patches
Patches são atualizações de segurança para corrigir vulnerabilidades em softwares ou sistemas operacionais. Quando uma vulnerabilidade é descoberta, é importante que a empresa a corrija o mais rápido possível para evitar possíveis violações de segurança.
O gerenciamento de patches garante que atualizações de segurança sejam aplicadas rápida e eficientemente em todos os sistemas afetados. Por meio de automação, a prática permite que os patches sejam implantados rapidamente em toda a infraestrutura. Assim, as empresas podem manter seus sistemas atualizados e protegidos contra ameaças conhecidas.
Além disso, o gerenciamento de patches também evita a fragmentação e o desalinhamento entre as equipes de desenvolvimento e operações. Todos os membros estão trabalhando com a mesma versão do software, evitando problemas de compatibilidade e aumentando a eficiência.
Monitoramento contínuo
O monitoramento contínuo viabiliza que as empresas monitorem seus sistemas e suas aplicações em tempo real. Isso possibilita identificar possíveis ameaças de segurança ou problemas de desempenho.
A integração contínua ainda permite automatizar o processo de monitoramento e a análise de registros. O objetivo é obter maior velocidade na detecção e na solução de problemas.
O monitoramento contínuo possibilita também analisar o tráfego de rede e identificar possíveis pontos fracos na infraestrutura. Falhas de configuração ou vulnerabilidades de segurança são constatadas antes que sejam exploradas por invasores mal-intencionados.
Além disso, com o monitoramento contínuo, as empresas continuam em conformidade com as regulamentações de segurança, como HIPAA e SOX. Da mesma forma, podem fornecer relatórios de auditoria quando necessário.
A integração contínua contribui com a automatização do processo de verificação de conformidade. Ela assegura que todas as mudanças de configuração ou atualizações de patch estejam em conformidade com os padrões de segurança.
Gerenciamento de identidade
A gestão adequada de identidades e acessos dos usuários previne ataques de segurança e protege dados confidenciais da empresa.
Ao usar a prática de integração contínua, é possível incorporar o gerenciamento de identidade diretamente no pipeline de desenvolvimento. Assim, a equipe de desenvolvimento pode testar e validar continuamente as políticas de segurança de acesso e autenticação. Essa testagem acontece conforme o aplicativo é construído e implantado.
O gerenciamento de identidade inclui práticas para garantir que apenas usuários autorizados tenham acesso aos dados e sistemas críticos da empresa:
- Autenticação multifatorial.
- Gerenciamento de credenciais.
- Gerenciamento de sessão.
- Políticas de acesso baseadas em função.
A gestão de usuários em diferentes locais e em nuvem também fica mais simples com o gerenciamento de identidade.
Fica claro, portanto, que a adoção de práticas DevOps, incluindo a integração contínua, melhora significativamente a segurança das empresas. Tal medida protege contra as ameaças cibernéticas em constante evolução.
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